Parágrafo: Finalística, Causalística e Programática
Finalística
A visão finalística é uma abordagem que atribui um propósito ou objetivo predeterminado aos eventos e fenômenos naturais, sociais e culturais. Essa perspectiva tem sido historicamente desenvolvida por diversas correntes filosóficas, religiosas e científicas, que buscam compreender o mundo a partir de uma ordem superior, teleológica ou divina.
No campo da biologia, por exemplo, a visão finalística era predominantemente aceita até o século XVIII, quando a teoria da evolução de Charles Darwin contestou a ideia de que os organismos vivos teriam sido criados com um propósito específico e imutável por uma entidade divina. A teoria da evolução propôs que a diversidade e as características dos seres vivos existem devido a processos naturais, como a seleção natural, e não por um propósito divino.
Causalística
A visão causalística é uma abordagem que busca entender as causas e efeitos de um determinado fenômeno ou evento, seja ele natural ou social. Essa abordagem se baseia na ideia de que todo efeito tem uma causa anterior que o gerou, e que é possível entender e prever esses fenômenos por meio da identificação e análise das suas causas.
Na visão causalística, os fenômenos não são vistos como eventos isolados, mas sim como parte de uma rede complexa de relações e interações entre fatores, que são responsáveis por gerar os resultados observados.
Programática
Vilém Flusser foi um filósofo e escritor tcheco-brasileiro que teve grande destaque em suas pesquisas sobre mídias e comunicação. Sua abordagem revolucionária sobre a tecnologia e suas implicações na sociedade influenciou diversos acadêmicos e pensadores ao redor do mundo.
Entre as ideias propostas por Flusser, destaca-se a visão programática, que se refere à capacidade do homem de criar programas e algoritmos que automatizem tarefas. Essa visão implica em uma mudança na forma como a sociedade se organiza, pois a automação de tarefas antes realizadas por seres humanos pode levar a uma transformação profunda do trabalho e da própria noção de trabalho como fonte de valor e identidade.
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